Solidão
Solidão é um sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se isola mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme.
Poemas:
Oh solidão, que te apoderaste do meu ser,
Que a toda a hora me acompanhas.
É também teu o meu sofrer,
É em minhas lágrimas que te banhas.
Agora dia e noite não estou só,
Prometes estar comigo até ao fim,
Talvez por pena ou por dó
Preenches o vazio que há em mim.
E à noite, como que em segredo,
Deitas-te na cama a meu lado,
Junto de ti adormeço sem medo
E agradeço por te teres aproximado.
Se não fosses tu, amiga solidão,
Quem teria eu comigo agora?
Todos me abandonaram sem sequer
Meditarem porquê que meu coração chora.
Minha amiga, a quem eu já
Trato por tu, por tão bem conhecer.
És a única que me escoltas
Neste turbilhão do meu sofrer.
Que a toda a hora me acompanhas.
É também teu o meu sofrer,
É em minhas lágrimas que te banhas.
Agora dia e noite não estou só,
Prometes estar comigo até ao fim,
Talvez por pena ou por dó
Preenches o vazio que há em mim.
E à noite, como que em segredo,
Deitas-te na cama a meu lado,
Junto de ti adormeço sem medo
E agradeço por te teres aproximado.
Se não fosses tu, amiga solidão,
Quem teria eu comigo agora?
Todos me abandonaram sem sequer
Meditarem porquê que meu coração chora.
Minha amiga, a quem eu já
Trato por tu, por tão bem conhecer.
És a única que me escoltas
Neste turbilhão do meu sofrer.
Aproximo-me da noite
o silêncio abre os seus panos escuros
e as coisas escorrem
por óleo frio e espesso
Esta deveria ser a hora
em que me recolheria
como um poente
no bater do teu peito
mas a solidão
entra pelos meus vidros
e nas suas enlutadas mãos
solto o meu delírio
É então que surges
com teus passos de menina
os teus sonhos arrumados
como duas tranças nas tuas costas
guiando-me por corredores infinitos
e regressando aos espelhos
onde a vida te encarou
Mas os ruídos da noite
trazem a sua esponja silenciosa
e sem luz e sem tinta
o meu sonho resigna
Longe
os homens afundam-se
com o caju que fermenta
e a onda da madrugada
demora-se de encontro
às rochas do tempo
Solidão coroada de rosas, quem pudera
aprisionar teu corpo de sol e de harmonia;
estar dentro de ti toda esta primavera
de sangue, e folhas secas e de melancolia!
Que palpitasse, em sonho, teu coração sonoro
sobre o meu coração sequioso de ideais;
minha palavra fosse uma palavra de ouro
de teus inesgotáveis e puros mananciais!
Ai! Quem, iluminando a sombra alucinada
que de espinhos coroa minha pálida tristeza,
pudesse ser teu amor, oh deusa coroada
de rosas, solidão, — tu que és mãe da beleza!
aprisionar teu corpo de sol e de harmonia;
estar dentro de ti toda esta primavera
de sangue, e folhas secas e de melancolia!
Que palpitasse, em sonho, teu coração sonoro
sobre o meu coração sequioso de ideais;
minha palavra fosse uma palavra de ouro
de teus inesgotáveis e puros mananciais!
Ai! Quem, iluminando a sombra alucinada
que de espinhos coroa minha pálida tristeza,
pudesse ser teu amor, oh deusa coroada
de rosas, solidão, — tu que és mãe da beleza!
A solidão é perfeita como um rasgo entre
as nuvens, ao último sonho. A solidão
que se cala em teu fundo e vai envelhecendo
na terra perdida do som descompassado.
Te guardas na intimidade dos armários,
onde a paz é negra e se desagrega a luz.
Nunca foste mais do que uma ficção, matriz
de riso e sombra, um poço verde, teorema
de ilusões, engrenagem de poentes roxos.
E, agora, frouxo, já nada designas ou
desenhas. És, apenas, testemunha efémera
e longínqua, trovão engolido de Deus,
fingidor ferido de doces cantos, mentira
precária nas cordas de uma harpa febril.
as nuvens, ao último sonho. A solidão
que se cala em teu fundo e vai envelhecendo
na terra perdida do som descompassado.
Te guardas na intimidade dos armários,
onde a paz é negra e se desagrega a luz.
Nunca foste mais do que uma ficção, matriz
de riso e sombra, um poço verde, teorema
de ilusões, engrenagem de poentes roxos.
E, agora, frouxo, já nada designas ou
desenhas. És, apenas, testemunha efémera
e longínqua, trovão engolido de Deus,
fingidor ferido de doces cantos, mentira
precária nas cordas de uma harpa febril.
Seria eterno, se não fosse entrando
por aquele país de solidão,
aonde ver a luz alarga, quando
e alarga, à volta, a vinda do verão.
Seria eterno. Assim somente o brando
movimento de entrar se lhe mensura,
conforme ver, ao ir-se dilatando,
amplia o campo útil da ternura.
E, enquanto entra, um cântico de brisa
lembra quanto por campos foi outrora
tempo apagando a sua face lisa,
qual se alisando, se apagasse a hora.
E, indo entrando, a solidão se irisa
e o vai esquecendo pelo tempo fora.
por aquele país de solidão,
aonde ver a luz alarga, quando
e alarga, à volta, a vinda do verão.
Seria eterno. Assim somente o brando
movimento de entrar se lhe mensura,
conforme ver, ao ir-se dilatando,
amplia o campo útil da ternura.
E, enquanto entra, um cântico de brisa
lembra quanto por campos foi outrora
tempo apagando a sua face lisa,
qual se alisando, se apagasse a hora.
E, indo entrando, a solidão se irisa
e o vai esquecendo pelo tempo fora.
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